Comunidade Presbiteriana Reformada Pactuada (CPRP)
Quem somos?
A Comunidade Presbiteriana Reformada Pactuada (CPRP), é um projeto de pequenos grupos espalhados pelo Brasil que foi iniciado com o objetivo de glorificar a Deus. A Comunidade é um ministério junto ao IBETEC (Instituto Bíblico de Educação Teológica) e têm as Escrituras como a única regra de fé e prática. Ela é um projeto de linha reformada, pactualista, calvinista, de governo local presbiteriano como denominação.
No que cremos?
Nossa Liturgia
- Uma oração de invocação ao Senhor.
- Leitura das Escrituras do Antigo Testamento.
- Uma oração por perdão.
- Um Salmo.
- Leitura das Escrituras do Novo Testamento.
- Oração pelos aflitos e cura pelos enfermos.
- Um Salmo.
- Uma oração pela iluminação.
- A Lição das Escrituras e o Sermão.
- A longa oração e a oração do Senhor.
- Um salmo.
- Uma Bênção (1 Coríntios ou Números).
CEIA DO SENHOR (UMA VEZ AO MÊS)
Um salmo cantado enquanto os elementos eram preparados.
As palavras da instituição.
A exortação.
Sursum corda.
A Consagração.
A fração e entrega.
A Comunhão enquanto a Escritura é lida.
A oração pós-comunhão.
Salmo 103.
A bênção.
A liturgia da Igreja da Escócia
ou
O Livro de Ordem Comum de John Knox
COMO PRESCRITO PELA ASSEMBLEIA GERAL, E USADA PELA IGREJA DA ESCÓCIA DURANTE E DEPOIS DA REFORMA
“Nosso Livro de Ordem Comum.” – Primeiro Livro de Disciplina.
“Todo ministro deve usar a ordem contida nele, em orações,
casamento e ministração dos sacramentos.”
Ato da Assembleia, 26 de dezembro de 1564.
A
Ordem e Modo
de Administração da Ceia do Senhor.
No dia em que a Ceia do Senhor for ministrada, comumente celebrada uma vez ao mês, ou quando a congregação julgar necessário, o ministro deverá usar as seguintes palavras.
Vamos lembrar, queridos irmãos, e considerar como Jesus ordenou a nós a sua santa ceia, de acordo com o Apóstolo Paulo nos diz no capítulo onze da Primeira Epístola aos Coríntios, dizendo:
Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.
Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. (1 Coríntios 11.23-29, Almeida Corrigida Fiel)
Feito isto, o ministro procederá com a exortação.
Queridos irmãos no Senhor, agora que estamos reunidos para celebrar a santa comunhão do corpo e sangue do nosso Salvador Cristo, consideremos as palavras de S. Paulo, que exorta todas as pessoas diligentemente a se examinarem antes que comam daquele pão, e bebam daquele cálice. Pois grande é o benefício, que o coração penitente e cheio de fé viva recebe naquele santo sacramento (pois espiritualmente comemos a sua carne e bebemos o seu sangue, e habitamos em Cristo, e Cristo em nós, somos um com Cristo e Cristo conosco), portanto, grande é o perigo se recebermos o mesmo indignamente; pois seremos culpados do corpo e sangue de Cristo nosso Salvador; comemos e bebemos para nossa própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor; atrairemos a ira de Deus contra nós, e o provocamos para que nos castigue com inúmeras doenças e tipos de morte.
Portanto, em nome e pela autoridade do eterno Deus, e seu filho Jesus Cristo, eu excomungo desta mesa todos os blasfemadores de Deus, todos os idólatras, todos os assassinos, todos os adúlteros, todos que vivem em malícia e inveja, todos os desobedientes de pai e mãe, de príncipes ou magistrados, de pastores e pregadores, todos os ladrões e enganadores do seu próximo, e, finalmente, todos cujas vidas lutam contra a vontade de Deus; exortando-os, que responderão na presença d’Ele que é justo juiz, que não presumam em profanar esta santa mesa.
E declaro que não excluam nenhuma pessoa penitente, independente de quão grave sejam seus pecados no passado, e que sentiram em seus corações pesar e verdadeiro arrependimento.
Nem isto é pronunciado contra aqueles que aspiram a uma perfeição maior do que podem alcançar nesta vida atual; porque sentimos em nós mesmos tamanha fragilidade e miséria, que não temos a nossa fé perfeita e constante como deveríamos, podendo as vezes não confiar na bondade de Deus, pela nossa corrupta natureza, e não nos doamos para o serviço de Deus, nem temos o fervente zelo de anunciar sua glória, como requer o nosso dever, sentindo a rebelião em nós mesmos, que temos a necessidade de lutar diariamente contra as cobiças de nossa carne; mesmo assim, vendo que o Senhor agiu em misericórdia conosco, que ele escreveu o seu Evangelho em nossos corações, para que sejamos preservados de cair no desespero e incredulidade; e vendo que ele nos deu o desejo de renunciar nossas próprias paixões, em busca de sua justiça, e guardando os seus mandamentos, estamos certamente assegurados que, aquelas muitas imperfeições em nós não serão usadas contra nós, para que Ele nos considere indignos de vir à sua mesa espiritual; para o fim de que não nos orgulhemos que somos justos em nós mesmos, mas, pelo contrário, que viemos buscar a nossa vida e perfeição em Jesus Cristo, reconhecendo que éramos merecedores de sermos filhos da ira e condenação.
Consideremos que este sacramento é um singular medicamento a todas as pobres criaturas, uma ajuda confortadora para ajudar as almas fracas; que o nosso Senhor requer outra dignidade do que reconhecer os nossos pecados e imperfeições.
Então, para o fim que sejamos dignos participantes dos seus méritos e benefícios de conforto (que é o verdadeiro comer de sua carne e beber o seu sangue), não deixemos nossas mentes serem perturbadas com estas coisas terrenas e corruptas (que vemos com os nossos olhos e sentimos com nossas mãos), e , erroneamente, buscar Cristo corporalmente presente nelas, como se Cristo estivesse preso no pão e vinho, ou que estes elementos fossem verdadeiramente transformados na substância de sua carne e sangue; mas a única maneira de preparar as nossas almas para receber fortalecimento, alívio e suas substâncias vivificantes, é elevarmos as nossas mentes pela fé acima de todas as coisas terrenas e palpáveis, e que entremos nos céus, que achemos e recebamos a Cristo, onde ele habita com toda certeza, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, na incompreensível glória do Pai; que seja todo louvor, honra, e glória, agora e para sempre. Amém.
Ao terminar a exortação, o ministro descerá do púlpito, e se assentará à mesa, da mesma forma, todo homem e mulher fará o mesmo, tomando lugares que seja conveniente; então ele toma o pão, dá graças, dizendo as seguintes palavras em efeito:
Ó Pai de misericórdia, e Deus consolador, vendo que todas as criaturas reconhecem e confessam a ti como Governador e Senhor, nós, que somos as obras primas de suas mãos para, em todo o tempo, reverenciar e magnificar tua gloriosa Majestade: Primeiramente, tu nos criaste à tua imagem e semelhança; mas acima de tudo têm nos libertado da eterna morte e condenação, que Satanás conduziu a humanidade pelos meios do pecado, da escravidão, nenhum homem ou anjo foi capaz de tornar-nos livres; mas tu, ó Senhor, rico em misericórdia, e infinita bondade, providenciou redenção para estarmos de pé diante do teu mui amado Filho, que de grande amor, se ofereceu para ser feito homem, igual a nós em todas as coisas, contudo, livre de pecado, em seu corpo para receber a punição de nossas transgressões, por sua morte para fazer satisfação a tua justiça, e pela sua ressurreição destruir o autor da morte; e trazer de volta a vida o mundo e toda descendência de Adão que foram, de forma justa, privados.
Ó Senhor, reconhecemos que nenhuma criatura é capaz de compreender o comprimento e largura, a profundidade e a altura do teu excelente amor, que te moveu a mostrar misericórdia onde ninguém merecia, a prometer e dar vida onde a morte obteve a vitória, para receber-nos em tua graça quando não podíamos fazer nada senão rebelar-se contra a tua justiça.
Ó Senhor, a cegueira da nossa natureza corrupta não nos fará compreender o peso destes teus amplos benefícios; todavia, segundo o mandamento de Jesus Cristo, nosso Senhor, apresentamo-nos a esta sua mesa, que deixastes para ser usada em memória de sua morte, até a sua vinda, para declarar e testemunhar perante o mundo, que somente por ele nós recebemos liberdade e vida; que somente por ele somos reconhecidos como teus filhos e herdeiros; que somente por ele temos acesso ao trono da graça; que somente por ele somos levados ao seu reino espiritual para comer e beber em sua mesa, com quem temos nossa conversação atualmente no céu, e por quem nossos corpos serão levantados novamente do pó, e serão colocados com ele na eterna alegria que tu, ó Pai de misericórdia, preparaste para os teus eleitos antes da fundação do mundo.
E diante destes benefícios inestimáveis, nós reconhecemos e confessamos ter recebido da tua graça e misericórdia livremente, pelo teu único Filho amado Jesus Cristo: para o qual, a tua congregação, movida pelo teu Santo Espírito, renderá todas as graças, louvores, e glória, para todo o sempre. Amém.
Feito isto, o ministro partirá o pão, e entregará ao povo, que distribuirá e dividirá entre eles mesmos, de acordo com o mandamento do nosso Salvador, do mesmo modo, o cálice. Durante o qual deverá ser lido alguma porção das Escrituras, que fala sobre a morte de Cristo, com o propósito que nossos olhos e sentidos não estejam ocupados somente com os sinais exteriores do pão e vinho, que são chamados de palavra visível, mas que nossos corações e mentes estejam inteiramente fixos na contemplação da morte do Senhor, que através deste santo sacramento é representado; e depois deste feito, o ministro dará graças dizendo:
MISERICORDIOSO PAI, rendemos a ti todo o louvor, graças e glória, pois agradou a ti, de tuas grandes misericórdias, conceder a nós, miseráveis pecadores, tão excelente dom e tesouro, de sermos recebidos na comunhão e companhia do teu querido Filho Jesus Cristo nosso Senhor, que por nós venceu a morte, e deu-nos comida necessária para a vida eterna.
E agora, pedimos-te também, ó Pai celestial, que nos conceda este pedido, para que nunca permitas que sejamos tão cruéis a ponto de esquecer tão grandes benefícios; antes imprima e fixe-os em nossos corações, para que possamos crescer e progredir diariamente mais e mais na verdadeira fé, a qual é manifesta continuamente através de todos os tipos de boas obras; ó Senhor, confirme-nos nestes dias diante dos perigosos e fúria de Satanás, para que possamos permanecer e continuar constantemente na confissão da mesma, para o avanço da tua glória, que és Deus sobre todas as coisas, louvado para sempre. Assim seja. Amém.
A liturgia está terminada, o povo cantará o 103º Salmo, ou outro de ação de graças; quando terminado, uma das bênçãos deverá ser dita, então eles devem levantar-se da mesa e partir.
Se alguém maravilhar-se com o fato de seguirmos esta liturgia, diferente de qualquer outra, na administração desse sacramento, considere diligentemente que, antes de tudo, renunciamos totalmente o erro dos papistas; em segundo lugar, restauramos ao sacramento a sua própria substância e a Cristo o seu devido lugar; e quanto às palavras da Ceia do Senhor, nós as ensinamos, não porque elas deveriam mudar a substância do pão ou vinho, ou que a repetição delas, com a intenção que o sacramento será um sacrifício (como os papistas falsamente acreditam ), mas elas são lidas e pronunciadas para nos ensinar como se comportar neste momento, e que Cristo testemunhará a nossa fé, por assim dizer, com a sua própria boca, ele ordenou estes sinais para nosso uso espiritual e conforto; portanto, examinai a vós mesmos, de acordo com a ordem de São Paulo, e preparem as vossas mentes, que sejais participantes dignos de tão grandes mistérios; depois, tomando pão, damos graças, repartimos e distribuímos, como Cristo, nosso Salvador, nos ensinou: finalmente, ao término da administração, damos graças novamente, segundo o seu exemplo. De modo que sem sua palavra e garantia não há razão nenhuma para realizar esta ação sagrada.